segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

5/12/11 – o voo maldito do anjo-junkie.

A velha busca por uma lembrança, a homenagem aos mortos e o lamento dos errante.
O gozo dos tolos loucos no estase coletivo contemporâneo. Novamente rasgando madrugadas, com navalhas de ouro e um brilho estranho nos olhares perdidos. Abastecidos por coca e perseguindo trepanações em cerveja e damas ébrias vagabundas. Abençoadas Marias dos bordeis.

O encontro cósmicos de mentes turvas e não retilíneas. O reencontro dos sobreviventes do suicídio coletivo. Um brinde com saliva de naja e um trago em um cachimbo de ervas primitivas.

Aqueles que entregam o corpo como manifestações de suas divindades proibidas sabem, que o próximo dia sempre surgirá, trazendo possibilidades de reparação e lágrimas reprimidas. A alma chora as dores caladas e sensação de não pertencer a nada e a ninguém é o fardo pesado dos sem história.
AOS VAGABUNDOS ESPALHADOS PELO MUNDO. BRINDAIVOS A LIBERDADE SÓRDIDA E DESCONTENTE POR ENTRE CELAS E MORDAÇAS, TIROS E CACHAÇA.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Noites, dores e poemas sujos

Canos na cabeça. Lâminas na carne e ilusões de vida.

Doces vivências e sabores generosos de venenos fantásticos.

Vivendo. Dores e angústias de outras vidas. De minha própria vida.

Canos e horrores. E um significado distante.

Sessões e contradições de um si mesmo cinza e caliente.

Todos os símbolos e signos perdidos.

Todos os ritos e ancestrais esquecidos e todos os nomes não ditos.

Pulsões contemporâneas de um passado urgente...

Fogos e explosões, de uma febre coletiva e um esconder-se presente

Medo de fantasmas e sonhos com cães carnívoros... policiais distorcidos em imagens persecutórias... de mim.... personas multifacetadas escondidas dos olhares desconfiados e apaixonados... negados.....

Todas as verdades em linguagens de um discurso torpemente amanhecido por sóis inúmeros...

Todas as formas de mim mesmo... em um não mesmo constituinte de significados deslocados e radiantes.... de minha própria casa.. de minha cama e das horas ininterruptas de relógios.....

O4:30

((((((28/09 – 00:57 ...para todos aqueles que não se intimidam em olhar para cima e contemplar a lua...))))))

domingo, 14 de agosto de 2011

Carta aos velhos amigos

Domingo-(novamente)ressaca-cor-de-ferrrugem-e-hálito-de-tristeza

Além das culpas, angústias e temores, o que parece ser um fardo pesado é o fato que além da ressaca e insônia, ainda me vejo obrigado a fazer a barba. Uma tragédia contemporânea.
Cansaço, fadiga e desidratação. Devo confessar, estou envelhecendo. O ininterrupto passar do tempo, em seus passos de criança curiosa começam a deixar minha barba branca; todos dizem que estou rabugento. Realmente deve ser verdade, o problema é que não sei o que fazer com tal fato. Me preocupar? Talvez. Mas enfim, ser um old rocker não é fácil. E ser um dos últimos honrados em uma terra de arrogância é duro. Mas meus punhos ainda são fortes e mantenho minha cabaça erguida. Amigos conquistei. Amores desperdicei. Mas fiz minhas escolhas, só preciso entender quais foram. E até que a morte chegue, estarei sempre por perto; translúcido as vezes, porém original.
Desculpem meus erros ou talvez a forma como me apresento, se é que há algo a se desculpar. Mas sei que tragos e companhias são coisas boas eventualmente. E enquanto ainda acreditar que há um bom rock ‘n’ roll para se ouvir, manterei minhas esperanças. E apesar do tom de despedia, só quero dizer que desejo que a lua sempre deixe um pouco mais claros seus caminhos pela noite e que mal algum lhe toque. E se por acaso tocar-lhe, não se assuste, pois esse mal também é você.

terça-feira, 14 de junho de 2011

"Eu era um homem que se fortalecia na solidão; ela era para mim a comida e a água dos outros homens. Cada dia sem solidão me enfraquecia. Não que me orgulhasse dela, mas dela eu dependia. A escuridão do quarto era como um dia ensolarado para mim. Tomei um gole de vinho."

(Charles Bukowski)

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Citação

“A experiência nos ensina que existe, para a imensa maioria das pessoas, um limite além do qual suas contribuições não podem atender às exigências da civilização. Aqueles que desejam ser mais nobres do que suas constituições lhe permitem , são vitimados pela neurose. Esses indivíduos teriam sido mais saudáveis se lhes fosse possível ser menos bons. “

(Sigmund Freud - 1909)