quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Eu vim como o frio. Nasci sob a lua cheia, enquanto a madrugada festejava seu apogeu e feiticeiras embriagadas pelo vinho bailavam uma dança proibida.

Carrego comigo a dor dos loucos e chagas abertas no espírito que sangram como torrentes de lágrimas.

Alterno, da magnitude de explosões de vida tão pulsantes quanto as trombetas de anjos virgens, até a penumbra mórbida de uma missa aos mortos. Pois sou dualidade, confusão e arte.

Me escondo dos olhos atentos que procuram decifrar a dança disrritimada do meu psiquismo e tranco,com cadeados de ossos, os segredos de minha alma perturbada.

Nego ao amor meus beijos libidinosos, mas me entrego as mais baixas trepanações e orgias de ácido lisérgico.

Não temo a solidão, morte ou mazelas mundanas, pois sou a personificação de mim mesmo, e ainda que translúcido, a obra prima de minha vida.

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