
A morte. Doçura inarticulada dos corpos que vagam em direção ao retorno ao não orgânico. Medo dos fortes e fracos e misteriosa senhora que guia a fé humana. Dose de bom senso quanto ao perigo eminente e compromisso certo.
Nos braços de uma dama louca provar do veneno sutil que escorre pelo canto da boca. Perdido nos labirintos da vida e solto, em um mundo sem fronteiras e tão distante. Cercado de vida, mas apaixonado, pela misteriosa presença constante da eminência da morte.
O “ser ou não ser”. O propósito desconhecido. A luta vã e cega. Vale todos os sacrifícios e mazelas? Todas as múltiplas faces de um sofrimento abafadas pelo ronco de motores cegos? Todos os momentos vividos sem um único sentido expresso?
Almas livres clamam por liberdades e sufocam quando correntes apertadas, com seus abraços gélidos, enlaçam nossos corpos. As pessoas enlouquecem calmamente; enquanto outros morrem lentamente, silenciosamente.
Um brinde, àqueles que bailam no vale da morte.
2 comentários:
vale da morte...não tem nada a ver mas eu acabei de ler CAIM, do Saramago e o cenário de vales é bem presente no livro, recomendo.
é bem provável que você goste! auhua
me falaram sobre esse livro esses dias... Saramago é ótimo
Postar um comentário